O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no mundo. A exposição excessiva e sem proteção ao sol é a grande responsável pelo surgimento da doença, que pode ser divida em dois grupos: não melanoma e melanoma.
O câncer de pele é o mais comum no mundo. Os carcinoma basocelular e espinocelular correspondem a 95% dos cânceres de pele. São principalmente causados pela exposição solar prolongada, desprotegida ou pouco protegida.
Costumam se manifestar como pequenas feridas que sangram facilmente e não cicatrizam ou como asperezas na pele (tipo “verruga”). Quase sempre se localizam nas áreas de pele exposta diariamente ao sol (rosto, orelhas, couro cabeludo, ombros, etc), mas podem surgir em qualquer região do corpo, inclusive mucosa, como lábios por exemplo. São mais comuns em pessoas de pele clara e com mais de 50 anos, mas dependendo da exposição solar podem se manifestar antes disso. Não costumam doer, mesmo em fases mais avançadas.
O diagnóstico na grande maioria das vezes é feito pelo exame físico pelo médico dermatologista, principalmente com auxílio do dermatoscópio.Quando há suspeita de que uma lesão possa ser um carcinoma de pele, o dermatologista irá realizar uma biópsia para confirmar se a lesão é um câncer de pele, qual seu tipo e sua extensão.
O tratamento consiste em cirurgia para retirada da lesão.
É o menos frequente dos cânceres de pele (5%), porém costuma ser o mais agressivo.
Quando detectado em fases iniciais as chances de cura são maiores. Ele se origina a partir dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção do pigmento (melanina) que dá cor à pele, por isso costumam se manifestar como pintas de cor escura (negro ou castanho).
Por mais que possa ser tratado e apresente boas chances de cura quando descoberto em seus estágios iniciais, isso nem sempre acontece. Quando diagnosticado tardiamente, o melanoma tende a se espalhar para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase. Estima-se que mais de 1.500 mortes por ano são provocadas pelo melanoma avançado (ou metastático) no Brasil e a exposição excessiva à radiação solar ultravioleta (UV) A e B é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse câncer.
As pessoas com maiores riscos são: aquelas com história familiar ou pessoal de melanoma; com múltiplas pintas; de cabelos ruivos ou loiros; pessoas com olhos claros e aqueles que se queimam facilmente quando expostos ao sol, ocorrência frequente de queimadura na infância e também usuários de cabines de bronzeamento artificial.
Para aumentar as chances de descobrir a doença precocemente, é fundamental um exame detalhado da pele em busca de lesões suspeitas.O melanoma pode surgir tanto em pintas já existentes (1/3 dos casos) como na pele sã (2/3 dos casos). Independente de sua origem, o melanoma costuma se manifestar como uma pinta escura, assimétrica, com bordas irregulares e múltiplas cores (tons de preto, castanho, vermelho, cinza ou azul).Nas fases iniciais não apresentam nenhum sintoma. Já nas mais avançadas, podem surgir sintomas como coceira ou sangramento. O melanoma é encontrado tanto em áreas expostas, como em áreas cobertas e, diferente dos carcinomas, muitas vezes acomete pessoas mais jovens. É mais comum na pele, mas pode surgir em locais como olhos, boca e unhas.
Quando se suspeita que uma lesão possa ser um melanoma, além do exame com o dermatoscópio, o dermatologista irá realizar uma biópsia. Este exame vai confirmar se a lesão é um melanoma ou não, seu tipo e a sua extensão.
Pessoas com grande número de pintas tem indicação de realizar um mapeamento de nevos, um moderno exame que associa a dermatoscopia à fotografia digital, permitindo o acompanhamento das lesões a longo prazo.
O tratamento é sempre cirúrgico, porém pode haver necessidade de retirada de linfonodos, quimioterapia e radioterapia. tudo vai depender o tipo e extensão do câncer no momento do diagnóstico.
Queratose Actínica são lesões pré-malignas (que têm alto risco de se transformarem em câncer com o tempo) extremamente frequentes. São causadas pelos raios ultravioleta e surgem após exposição crônica ao sol (muitos anos). Com o tempo, muitas dessas lesões podem se transformar em carcinomas de pele (espino ou basocelular). Estima-se que cerca da metade dos carcinomas espinocelulares diagnosticados, surgem a partir de queratoses actínicas não tratadas. Como não é possível saber quais queratoses actínicas vão se transformar em carcinomas é necessário tratar todas elas.
Geralmente se manifestam por lesões avermelhadas, com casquinhas que não cicatrizam. Aparecem geralmente em regiões expostas ao sol.
O tratamento pode ser feito com crioterapia, eletrocauterização ou cauterização química (com ácido). Algumas vezes será necessario a remoção cirúrgica com biópsia.
Na DERMATOSCOPIA DIGITAL, utilizamos um aparelho de aumento de imagem e fotografia (FotoFinder®) que nos permite a visualização de estruturas no interior da pinta que não conseguimos ver a olho nu ou com uma lente simples de aumento. Dessa forma conseguimos fazer o acompanhamento das pintas, assim como detectar alterações precoces, que precisam ser retiradas por suspeita de câncer de pele. Sabemos que o câncer de pele quando diagnosticado precocemente é 100% curado com a retirada da lesão (cirurgia).
O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer. O excesso de sol sem a proteção adequada traz um risco aumentado de desenvolver câncer de pele. E como moramos em um país tropical com alta exposição solar é importante ficarmos de olhos na nossa pele, pois somos uma população de risco. Dar atenção para o autoexame da pele é fundamental. Aprenda abaixo o passo a passo para identificar lesões suspeitas.
Você deve fazer o autoexame regularmente, em frente ao espelho, observando todas as partes do seu corpo, incluindo parte da frente e de costas e os pés. Observe sempre os seguintes aspectos:
Na presença de algum desses sinais procure um médico dermatologista e se programe sempre para fazer o check-up anual da sua pele.